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(Download) "Controle, Flagrante E Prazer: Regimes Escopicos E Atencionais Da Vigilancia Nas Cidades (Dossie Abciber)" by Cultura e Tecnologia Revista Famecos - Midia * eBook PDF Kindle ePub Free

Controle, Flagrante E Prazer: Regimes Escopicos E Atencionais Da Vigilancia Nas Cidades (Dossie Abciber)

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eBook details

  • Title: Controle, Flagrante E Prazer: Regimes Escopicos E Atencionais Da Vigilancia Nas Cidades (Dossie Abciber)
  • Author : Cultura e Tecnologia Revista Famecos - Midia
  • Release Date : January 01, 2008
  • Genre: Engineering,Books,Professional & Technical,
  • Pages : * pages
  • Size : 97 KB

Description

Cidades implicam arquiteturas de vigilancia. As cidades modernas, em particular, crescem juntamente com a ampliacao dos sistemas de vigilancia sobre os individuos e as massas urbanas (Starobinsky, 1988; Lyon, 1994). Aqui ja indicamos um primeiro postulado acerca das relacoes entre vigilancia e cidade: os dispositivos de vigilancia nao sao exteriores a dinamica urbana, mas lhe sao imanentes. Nao sao, pois, maquinacoes de forcas externas de dominacao, mas intrinsecos ao processo de modernizacao e suas praticas de gestao racional das instituicoes, da producao, do governo, da saude, da seguranca dos estados e das populacoes, etc. Nesse sentido, a vigilancia urbana contemporanea e, em parte, herdeira do "desejo de eficiencia, velocidade, controle e coordenacao" (Wood et alii, 2006) da administracao moderna. No entanto, uma serie de transformacoes nos distancia dos modelos modernos de vigilancia, tanto no ambito dos dispositivos, quanto no ambito da sua significacao social e dos procedimentos de controle na sociedade contemporanea. Procuraremos, neste artigo, analisar alguns aspectos da vigilancia urbana contemporanea, tendo em foco os regimes escopicos e atencionais presentes nas relacoes de vigilancia na cidade. Os regimes escopicos (1) compreendem, aqui, as ordenacoes do ver e do ser visto nas quais a vigilancia e ou uma finalidade intencionada ou um efeito colateral e secundario. Os regimes atencionais (2) concernem aos modos de orientar e exercer a atencao em contextos direta ou indiretamente voltados para a vigilancia. A escolha por este foco de analise se deve a duas motivacoes. A primeira, mais estrutural, consiste no interesse de se explorar estes dois processos tao fortemente presentes nas relacoes de vigilancia - as formas de ver/ser visto e de prestar atencao - num ambiente marcado pela dinamica, dispersao e fragmentacao como a cidade. Modos de ver sao tambem modos de prestar atencao (3), assim como vigiar envolve formas de focar e organizar o campo atencional tanto de quem ve quanto de quem e visto. Numa definicao "funcional" da vigilancia, Wood et alii (2006, p. 9) enfatiza o papel da atencao: "Where we find purposeful, routine, systematic and focused attention paid to personal details, for the sake of control, entitlement, management, influence or protection, we are looking at surveillance". A segunda motivacao e de teor historico e reside nas inumeras e aceleradas mudancas que vem ocorrendo recentemente, tanto nos modelos e praticas de visao e de atencao (Crary, 1999) quanto nos dispositivos e praticas de vigilancia (Marx, 2004; Bogard, 1996; Lianos, 2003), as quais se refletem nas formas como visao, atencao e vigilancia e se relacionam nos cenarios urbanos contemporaneos. Na analise dos regimes escopicos e atencionais da vigilancia nas cidades atuais, notaremos que eles envolvem nao somente procedimentos de controle, mas tambem circuitos de prazer. Nessa mistura de controle e prazer, destacaremos uma logica e uma estetica do flagrante presentes tanto no olhar quanto na atencao vigilante sobre a cidade e os individuos que nela circulam.


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